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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu voltei agora prá ficar...

     
      Hoje retomo nossas conversas aqui no Culinartes depois de uma longa, porém justificada ausência. Estive às voltas com muito trabalho, organizando um evento do trabalho e  outro evento pessoal. O primeiro foi um seminário para educadores sobre cultura da paz e combate ao bullying. Tive muito trabalho, pois além de organizar uma parte da logística, da programação, também proferi uma palestra. O outro evento foi o aniversário de 10 anos de minha filha, que estava empolgadíssima com a chegada dos dois dígitos. Como mãe coruja, que não abre mão de colocar a mão na massa, assumi a decoração, os doces e as lembrancinhas...ah, fiz também um patê e o molho dos mini cachorros quentes. Não foi nada grandioso, foi uma pequena comemoração em casa mesmo, com a presença dos familiares e das pessoas mais íntimas que de longa data participam da vida de minha filha.
      Bem, sobre a festinha e as coisas que fiz falarei em um próximo post, quando as fotos que meu amigo Pedro tirou chegarem até mim. Assim poderei dividir com vocês esses momentos especiais, e faço questão também de falar um pouco sobre a lógica que orientou todo o trabalho de concepção e preparação dos festejos, singelos porém genuínos. 
       Esse post é para falar um pouco do tema de minha palestra. Idéias e concepções de vida que acredito e procuro seguir em meu cotidiano. Fiz uma abordagem sobre as dimensões da paz: o eu, o outro e a natureza, baseando-me na obra As três ecologias do francês Félix Guatarri (não sei por que amo os franceses, Pierre Bordieu é minha outra paixão).
       Segundo Guatarri a crise sem precedentes que atravessamos tem destruídos as relações em diversos âmbitos - na esfera das relações que o homem desenvolve consigo mesmo, com seu corpo, com os mistérios da vida e da morte, com seus desejos e subjetividades; também está abalada no que concerne às relações entre os homens, seja no seio da família, no seio do casal, da vizinhança que representam a micropolítica, como também nas relações macropolíticas referentes às relações entre as nações do norte e do sul, entre as potências e os países subdesenvolvidos e outros; e também diz respeito às relações do homem com a natureza, o planeta, o grande cosmos.
       De acordo com essa perspectiva o enfrentamento do caos requer a articulação dessas três dimensões: a paz consigo, a paz com o outro e a paz com a natureza. A teroria é muito ampla e pretendo retornar aos poucos a essas idéias, oferecendo-as como um presente em pequenas doses aos leitores aqui do blog. Por hoje, quero apenas reforçar que preparar alimentos, cozinhar, para mim é mais que o trabalho de saciar a fome. Considero que se trata de uma forma de amar as pessoas, de reuní-las em torno dos sabores que abrem não apenas o apetite, mas principalmente a vontade de estar junto, dividindo momentos e celebrando o que temos de mais precioso: a vida. É também uma maneira de estar com a natureza, ao saboear seus frutos que passam a constituir nosso corpo, aquilo que em nós nada mais é que natureza!  Alimentar-se é um processo de encontro de naturezas: os frutos da natureza se encontram com a nossa natureza corpórea e então nos tornamos um.
     
       
      

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais um cookie para fechar o fim de semana

        Gente, ando meio sumida porque final de ano é daquele jeito: muito trabalho, agenda cheia de compromissos e uma correira doida! Mas sabe que é bom?! Um pouco de pressão, de ansiedade e de adrenalina até que faz bem, mas tudo na medida certa, sem perder o prazer de saborear a vida nas pequenas coisas e nos minúsculos gestos.
        Sim, acredito que é possível saborear a vida em cada coisa. Mas nem sempre pensei desse jeito, e perdi muitas coisas. Sabe, houve um tempo de minha vida que acreditava que poderia usufruir de alguns pequenos prazeres da vida só depois de cuidar das coisas sérias e necessárias. Então, depois de muito correr - ter vários empregos ao mesmo tempo, fazer faculdade, especialização e mestrado com filhos pequenos, prestar vários concursos e passar em muitos - percebi que o tempo que passa não volta mais e as experiências que poderia ter vivido junto daqueles que amo, não podem ser resgatadas, pois os dias se foram e com ele passagens preciosas de nossa vida.
      Chegou o tempo de dar um basta! Graças a Deus compreendi que é possível "levar tudo junto", como diria uma amiga que prezo muito. Isso que dizer que não adianta cuidar apenas do aspecto profissional e acadêmico de nossas vidas e deixar de viver as delícias da família, dos amigos e da religiosidade. Quero continuar sendo profissional e pesquisadora de minha área (arte  e educação) que amo muito, aliás como tudo o que faço. Só que chega de ficar o fim de semana inteiro com o nariz enterrado no trabalho e ver os filhos e o marido sendo obrigados a sair sozinhos para todos os lugares.
    Então, todos os finais de semana tiro tempo para adorar a Deus e ensinar esse cultivo do espírito aos meus filhos; cuido também de programar algum lazer mesmo que seja um filminho em casa mesmo ou  um jogo com a meninada na rua de casa; e me lembro de cozinhar e saborear demoradamente o que faço, só para ter a certeza de que o que fiz com minhas mãos é fruto de um trabalho  realizado unicamente para mim e minha família (e não aquela "força de trabalho" que vendo todos os dias, como diria meu sábio amigo Marx).
     Domingo foi um dia desses: já era fim de tarde quando resolvi fazer pão. Aquele pão integral cuja receita está aqui no blog e agora foi tão acessada que já ultrapassou o bolo de chocolate em número de acessos. Enquanto o pão crescia, peguei o restinho de carne do almoço e preparei um arroz prá lá de gostoso. Meu marido ficou tão possuído por aquela profusão de sabores que já na primeira garfada, me convidou para sentar em seu colo e me cobriu de beijos, beijos de gratidão por aquele prato nada menos que reconfortante! Mas é a receita de um cookie, delicioso, que quero deixar registrada aqui hoje. Ele também foi preparado na mesma hora. Então, enquanto o pão crescia e o arroz com carne estava sendo preparado,  amassei esse cookie maravilhoso. Tudo ficou pronto quase ao mesmo tempo e jantamos com cheirinho de cookie  assando. Ah... e meu marido deitou-se na rede após o jantar e cochilou embalado pelos aromas do pão que vinham do forno... tem coisa mais gostosa?

Cookie de aveia com gotas de chocolate

Ingredientes
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de aveia em flocos
3/4 de xícara de açucar
1 pitada de sal
1 colher de sopa de fermento
1 e 1/2 colher de sopa de manteiga em temperatura ambiente
1 ovo
gotas de chocolate


Modo de Preparo

1. Misture todos os ingredientes secos em uma bacia.

2. Acrescente a margarina e o ovo e amasse bem.

3. Faça bolinhas e as achate pressionando-as em cima das gotas de chocolate de forma que o cookie fique levemente achatado e com as gotas de chocolate presas em sua superfície.

4. Asse em forma untada em forno pré aquecido, em fogo brando até que as bordas fiquem levemente coradas. É delicioso para fechar o fim de semana e dar  boas vindas a uma segunda feira mais cheia de vida e sabor!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aceita um cafezinho ou um cappuccino?

      O café, aquele tradicional, continua fazendo parte do cotidiano de milhares de pessoas. Embora haja uma série de bebidas preparadas com café e outras tantas formas de prepará-lo, o comum, feito no filtro de papel ou tecido, ainda continua fazendo muito sucesso. Ao lado dele, em minha opinião, só mesmo o cappuccino para repor as energias de um longo dia de trabalho.
     Originalmente o cappuccino é uma bebida italiana, preparado com um terço de café expresso, um terço de leite e outro terço de espuma de leite vaporizado.  Mas, que me perdoem os baristas de plantão, não aprecio muito essa versão de cappuccino e criei a minha, só para variar. Ela é mais incorpada, cremosa e com um toque de canela para perfurmar, é claro!
     Em nossa cultura oferecer um cafezinho é sinônimo de receber bem, de abrir a casa ou tratar com cordialidade mesmo no ambiente de trabalho. Não é em todo o lugar que oferecem cappuccino, é verdade, mas se perguntarem: "Café ou cappuccino?" Digo sem pestanejar: "capppucino", torcendo para ele estar cremoso e leve!
       Já tentei comprar essas misturas prontas para o preparo de cappuccino e acredite, já testei várias e nenhuma delas tem um sabor leve no café e marcante na cremosidade como eu gosto. Então, o jeito foi preparar o meu. Se você não é afeito à chocolate, por certo  não gostará dessa receita. Eu amooooooo! Acho ideal para fechar o dia, em um fim de tarde ou início de noite, tomando aos pouquinhos em intervalos regados por conversas e confissões. É bom também para começar o dia, acompanhado de um pãozinho ou bolo. Hum...gostoso é, a hora você escolhe!


Cappuccino

Ingredientes
1 lata de leite em pó integral (se usar o desnatado nem me conte)
250 gr de café solúvel
300 gr de açucar refinado
1 colher de sobremesa de bicarbonato
250 gr de chocolate em pó ou achocolatado (nesse caso diminua o açucar pois ele já vem adoçado)
1 colher de sobremesa de canela

Modo de Preparo

1. Bata café com o chocolate em um liquidificador até ficarem bem fininhos. 

2. Misture todos os ingredientes em uma bacia, de modo que fiquem homogêneos.

3. Acondicione em latas e use diluído no café, em água ou no leite.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A maçã da professora.. para comemorar esse dia especial

     Já disse aqui que sou professora. Dessas que escolheu a profissão movida pelo desejo e pela crença da importância de nosso papel social e não daquelas que assumiu o cargo por falta de opção. Já trabalhei em outras funções, todas elas ligadas à docência, como a que desempenho hoje de assessora pedagógica, mas sempre que me perguntam por ocasião de algum cadastro, ou preenchimento de ficha "qual é sua profissão?" repondo sem pertanejar: "Professora!" 
     Tenho algumas colegas que enfeitam, mascaram sua atuação profissional, dizendo " Coordenadora Pedagógica" ou "Supervisora Educacional" ou "Gestora Pedagógica", como se o "ser professora" diminuísse sua capacidade e principalmente seu prestígio social. Pergunto uma coisa: se hoje alguma delas ocupa uma função diferente, por que é mesmo que chegou até lá? Não foi por ter cursado uma lincenciatura e ter desenvolvido, em primeiro lugar, a tarefa de professor?
     Então, minha gente, sinto, com muito pesar, que a tarefa de educar tem sido encarada com desânimo e até uma certa "vergonha" por parte dos próprios docentes. É fato que o processo de desvalorização do magistério é composto por "n" fatores, a maioria dos quais não é culpa do professor. Mas também é fato que nossa classe carece de um movimento pró valorização da atividade docente! Costumo dizer para minhas alunas do curso de pedagogia que nós temos um enorme poder de influenciar pessoas e vidas. Afinal que outro profissional tem à sua disposição pelo menos 20 mentes, 200 dias por ano durante 4 horas por dia?
    Eu, pessoalmente, fui supreendida por um adolescente, vencedor de um consurso para atores mirins. Talentosíssimo, muito carismático, fazia parte de um grupo que coordenei na produção de um espetáculo. Em um de nossos encontros ele me olhou demoradamente, perguntando, após um tempo se eu já havia dado aulas de português. Quando disse que sim, ele saiu pulando as cadeiras do auditório e me abraçou apertado falando sem parar " O menino do dedo verde, o menino do dedo verde!". E acrescentou: " Eu sabia que era você!".
     Com muito carinho disse que tinha sido meu aluno há alguns anos atrás e que nunca se esquecera de minhas aulas e da história do menino do dedo verde, um livro maravilhoso de autoria do francês Maurice Druon, que lia ao fim de cada aula, em pequenas doses . Então juntei as pecinhas:  antes havia assistido uma de suas contações de história, maravilhosas por sinal, depois sua atuação como ator no espetáculo em questão e, então, compreendi que de alguma maneira aquelas histórias, aquelas aulas, influenciaram sua escolha e seu gosto pelas artes. Me senti tão feliz de saber que contribuí para que sua vida seguisse esse caminho. É claro que não fui só eu, muitas outras coisas contribuíram, mas eu "dei um empurrãozinho"!
     Tive excelentes professores, muitos que me acompanham em meu guardados mnemônicos ainda hoje.   É como se fosse capaz de ouvir o som de sua voz falando verdades e coisas sábias, dessas que extrapolam os conteúdos factuais e lógicos, pois são coisas para se guardar para  toda a vida e ensinar para os filhos.  Foi em 1997, quando tinha meus 20 anos de idade (e olha que lá vai tempo...rss...rss) e cursava Pedagogia na UFG, turma da noite. Uma mulher bonita, pequena, ágil e  muito dinâmica cruza a sala de aula e começa a falar sobre arte. Sua paixão era visivelmente contagiosa, e eu devorava cada palavra, imagem e som que ela nos trazia para apreciar. Os textos que ela indicava e qualquer livro que ela mencionava eram apresentados com tanta propriedade, que podia jurar de antemão que ao ler ficaria igualmente afeiçoada às idéias daquele autor. Felizmente essa história de amor pelas artes e pela docência não acabou ali. Tive o privilégio de ser orientada por ela, anos mais tarde, em meu mestrado, mas os ensinamentos são maiores que o tempo e os levo comigo para onde vou e já contaminei a muitos com essa paixão.
            
       Ah... e a maçã da professora? Calma, minha gente, não me esqueci não! Está aqui em baixo, em uma receita que amo de paixão. Trata-se de um bolo leve, fofíssimo e úmido, recoberto por uma surpreendente camada crocante de açucar com canela. É uma combinação perfeita: a leveza e a umidade inacreditável da massa e o toque de crocância da cobertura. É de comer de joelhos!!!!!!!!!!


                                                                                                       



Bolo de Maçã


Ingredientes
3 colheres de sopa de manteiga em temperatura ambiente
1 e 3/4 de xícara de açucar
3 ovos em temperatura ambiente
2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres rasas de sopa de fermento em pó
 1 pitada de sal
1 e 1/2 xícara de água
 2 maçãs descascadas em cubos

Cobertura
3/4 de xícara de açucar e canela à gosto

Modo de Preparo

1. Misture o açicar e a manteiga até formar uma massa fofa.

2. Acrescente os ovos uma aum e bata até formar um creme esbranquiçado.

3. Acrescente a farinha, o fermento e o sal, passados por uma peneira e alterne com fios de água.

4. Junte as maçãs cortadas em cubos à massa e  mexa  até incorpar bem.

5. Coloque em uma assadeira untada com manteiga e polvilhada com farinha e cubra com o açucar e a canela misturados. Leve ao forno pré aquecido por 30 minutos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dia das crianças: que tal variar?

     Não é de hoje que o Dia das Crianças é comemorado pela maioria das famílias com a compra de brinquedos que invariavelmente tem como destino o amontoado de objetos que insiste em se alojar no quarto do pequenos. Depois que passa o "primeiro amor" - aquele entusiasmo passageiro que vai dos insistentes apelos de compra às brincadeiras das primeiras semanas - os brinquedos perdem o atrativo e são deixados de lado sem o menor pudor. A criançada não está nem aí se o brinquedinho novo custou um pequena fortuna  vai ser pago em "suadas" prestações no cartão de crédito da mamãe. Portanto, penso com muita racionalidade (pelo menos me esforço) quando vejo os olhinhos de minha caçula brilhando e implorando por "aquele" último lançamento da boneca tal, que vem com roupinhas que podem ser pintadas, ou a outra que tem uma casa, ou a carruagem, ou a que vem com o petshop.
      Que atire a primeira pedra a mãe que nunca teve que fazer "um limpa" no quarto de seu pequeno e se ver obrigada a arrumar outro destino para as milhares de pecinhas, acessórios, bonecas parecidas (esses dias doei 8 bonecas modelo bebê parecidíssimas) e outros brinquedos. Então, minha gente, tá na hora de repensar nossos impulsos consumistas maternos e presentear a garotada de outro jeito! E não venha me dizer que sua filha vai ficar inconsolável quando vir a melhor amiga com brinquedos novos. Venhamos e convenhamos, é possível negociar.
       Ou freiamos esses "consumistazinhos" agora, gradativamente, ou sofreremos as funestas consequências de suas escolhas. Não, minha gente, não sou contra presentes, mas é só pegar leve. Eis uma dica que aprendi com uma amiga: sempre que ela vai comprar algo se pergunta "Preciso disso?" "Vou realmente usar isso?" Sei que no assunto brinquedos quem deve responder a essas questões é a própria criança, mas pela experiencia que tenho  e considerando que os menores são impulsivos mesmo e cedem mais facilmente aos paleos da mídia, sei que depois de pintado algumas vezes aquele vestidinho será esquecido em algum canto de uma das caixas de brinquedo.
         Mas e então, dar ou não dar presentes? É a pergunta que não quer calar...rss...rss A escolha, é claro, é de cada família. Só não podemos esquecer que educamos e ensinamos valores em cada ação, gesto, comentário e até com aquilo que é silenciado. Se quizermos formar homens e mulheres conscientes das questões ambientais e cientes de que a felicidade não está somente naquilo que pode ser comprado, temos que rever nossos valores.
        A minha sugestão para esse Dia das Crianças é presentear com moderação e fazer uma progração diferente com a criançada: um momento mestre cuca! Sim, com direito a avental, chapéu e convidar os amiguinhos. Funciona assim, depois das brincadeiras, quando aquela fome bater, chame a criançada para uma "brincadeira diferente": preparar o próprio lanche. No cardápio: pipoca de microondas que pode ser incrementada com calda de chocolate, ou mesmo uma generosa porção de chocolate; creme de morango ou outra fruta (em forma de polpa) que a meninada preferir, brigadeiros e outros docinhos que você pode fazer a massa e eles mesmos podem enrolar, sanduíches, gelatina e  sorvete que os pequenos podem servir e  em taças e decorar. Tire foto de tudo, garanto que será inesquecível, como as coisas boas da infância! Faça e depois me conte!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cinema e culinária III: Filme Simplesmente Complicado

     
Título original: It's Complicated
Duração: 1h e 54min
Gênero: Comédia romântica
Direção: Nancy Meyers
Ano: 2009
País de origem: EUA

     Esse filme, de título controverso,  é divertidíssimo! Na verdade, o enredo não gira em torno da culinária, mas vira e mexe ela aparece em cenas nada menos que hilariantes. O filme conta a história de Jane, vivida pela magnífica Meryl Streep (aliás eu amo tudo o que essa mulher faz), mãe de três filhos adultos, divorciada e dona de uma sofisticada padaria. Jane mantém uma relação amigável com seu ex marido Jake (Alec Baldwin) que se casou com uma mulher mais jovem. Em uma viagem para assistir a formatura do filho, os dois bebem um pouco além da conta e acabam indo para a cama. Reencantado pela ex mulher - a estabilidade familiar, seus dotes culinários, sua maturidade - Jake tenta insistentemente manter um caso com Jane.  Enquanto isso entra em cena Adam (Steve Martin) um arquiteto contratado por Jane que também está se refazendo de um divórcio.  
    Entre as muitas idas e vindas, todas engraçadíssimas (vale muito à pena ver), desse triângulo amoroso a comida ocupa um lugar de destaque no filme. Sempre que o  ex marido aparece na casa de Jane ele sente o cheiro de um de seus maravilhosos pratos e quase vai ao delírio ao saboreá-los. É nítido como um misto de nostalgia, tempos perdidos que poderiam ter sido vividos, parece se apossar de Jake. E aquela casa, sempre aconchegante, com comida boa, com aquela mulher que proporciona tudo isso parece ser o melhor lugar do mundo para um cinquentão, daí sua insistência em reatar o relacionamento com  a ex mulher. Com Adam, o arquiteto, a história também gira em torno da culinária. Uma das cenas mais deliciosas do filme é a que eles entram na padaria já fechada e preparam um croissant de chocolate (hum... só de assisitir já dá água na boca) e se divertem  "até dizer chega".
      Enfim, é um filme para assisitir e dar boas gargalhadas e refletir sobre o que realemnte faz as pessoas se sentirem bem, em segurança e em paz!


      Nem preciso dizer que a receita que vou postar agora foi inspirada no filme. Ocorre que o croissant, geralmente, é feito com massa folheada e coisa e tal. Mas eu, para variar, fiz uma receita adaptada à minha realidade de mãe-trabalhadora-dona de casa- que depois de uma dia de trabalho, pega um trânsito louco e chega em casa com vontade de prepara algo para a meninada comer. Mas, por favor que seja algo possível, ou seja, pode até dar trabalho (afinal de contas o que é que não dá trabalho nessa vida) mas não tanto, pois tem que sobrar tempo para bater papo e por as pernas para cima, que ninguém é ferro, né? Então essa receita tem uma massa rapidinha, leve e que combina demais com o chocolate. Só tem um probleminha: a meninada e o povo crescidinho lá de casa conseguem acabar com uma receita interinha numa tacada só!



Croissant de Chocolate

Ingredientes
2 copos de requeijão de leite morno
2 colheres de sopa de açucar
2 colheres de sopa de fermento biológico
2 colheres de sopa de manteiga
1 colher de chá de sal
2 ovos
Farinha até dar o ponto
500 gr de chocolate ao leite ou meio amargo em barra


Modo de preparo

1. Em uma bacia coloque o leite, o açucar e o fermento. Deixe repousar por dois minutinhos.

2. Acrescente a manteiga, o sal e os ovos e vá adicioando a farinha de trigo aos poucos, amassando até desgrudar das mãos.

3. Abra a massa com um rolo, para ficar bem fininha, corte em triângulos.Coloque um pedaço de chocolate na parte mais larga do triângulo e enrole.

4. Disponha os croissant's em uma forma untada com óleo e deixe crescer até dobrar de volume. Pincele gema batida e leve para assar em forno pré aquecido até corar.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fui bem ali e já voltei...rsss...rsss

       É... um bom tempinho passou desde que postei pela última vez. Ocorre que minha casa estava sendo reformada, na verdade foi todo refeita, começando pelas colunas e vigas, até parte do telhado se foi nessa brincadeira. Não é que ela estivesse tão ruim, na verdade estava até bem simpática, mas casas feitas para vender (a nossa é uma dessas) sempre deixam algo a desejar e geralmente é a parte da estrutura. Bem, mas foi uma experiência e tanto lidar com uma obra. Aprendi uma porção de coisas e graças a Deus não fiquei traumatizada. Ao contrário, acho até que vou encarar outras obras, só que dessa vez quero construir tudo, começar do zero, só para variar um pouquinho.
      Um das coisas que mais gostei nessa reforma foi a minha cozinha, que antes era fechada e agora está aberta para a sala de estar e a sala de jantar, tendo como divisória apenas um balcão. Assim posso cozinhar em contato com a casa, as crianças e os amigos que nos visitarem. Essa nova versão de minha cozinha fez com ela fosse realmente mais usada por todos. Agora é comum começar a preparar com prato ter sempre alguém bisbilhotando e oferecendo ajuda. É claro que ela também exige uma manutenção diferente, afinal de contas não dá mais para encher a pia de louça, trancar a porta e pronto. Mas nada que um rodízio de lavação de louça, com direito a escala e tudo, não possa resolver.
     Bem, está aí o motivo de meu súbito, porém breve sumiço. Colocar as coisas em ordem novamente, selecionar, descartar e doar o que não será mais usado tomou um tempo considerável de minhas noites e finais de semana. Ainda falta alguma coisa (não é pouca não, é muita mesmo), mas quero fazer isso aos poucos, para sentir o funcionamenteo da casa, suas necessidades e o ritmo solicitado pela rotina diária. Nesse processo, senti necessidade de construir (olha eu de novo com mania de obra, estou me sentindo quase uma "pedreira"... hum essa palavra não soou bem no feminino...rsss...rsss) um Manual da Casa. Em minhas recentes "garimpagens" pela internet coletei algumas idéias e fiz um manual, que na verdade é uma pasta com plásticas e follhas que vou acrescentando conforme elaboro. E o que tem no meu Manual da Casa? Vou listar:

1- Lista de telefones úteis: tipo polícia, corpo de bombeiros (espero nunca precisar) disk gás, mas também avós, tios e vizinhos. É mais fácil que ficar consultando aquelas agendas com "zilhões" de números.

2- Plano de limpeza mensal: com a divisão das tarefas por mês. Assim fica mais fácil saber quando limpar janelas, paredes e outros sem sobrecarregar ninguém.

3- Manual de limpeza: esse dividi em três:
limpeza diária - contendo a rotina do que fazer todos os dias e como limpar, qual produto usar;
tarefas específicas que é uma outra lista de como proceder para tarefas que são realizadas esporadicamente como  cuidados com móveis de madeira, paredes e outros
e por último um outro item chamado faxina semanal, também com toda a descrição.

4- Cardápio semanal: o que é ótimo para evitar desperdícios nas compras e coisas estragando na geladeira, além de variar a combinação de sabores.

4- Principais receitas: foi o jeito mais simples que encontrei para registrar as formas de preparo de alguns alimentos, então nessa lista tem uma descrição bem sucinta de como preparar o prato, pois o objetivo é mostrar as várias formas. Asism tenho 8 formas diferentes de preparar o frango, o bife, a batata, a cenoura a beringela. Isso facilita a elaboração de um cardápio semanal, chega de comer salada de prato feito - PF - alface e tomate - todo dia, né?

       Ah... e se você está pensando que tenho TOC, esqueça. Na verdade não sou nada organizada, e tenho a clara consciência de meu total estado de desorganização, mas agora de casa nova, vida nova não é mesmo? Então estou fazendo um esforço enooorme para acabar com o caos que insiste em querer se instalar em minha vida. Pois, afinal de contas com uma casa e uma rotina mais organizadas sobra mais tempo para inventar novos pratos, curtir os filhos, receber os amigos, passear e fazer o que mais gosto: ler! 
     Em breve vou retomar a série cinema e culinária, prometo que sim. Vontade não falta. Mas enquanto isso fique com a receita desse bolo que inventei e achei simplesmente delicioso, perfuma a casa e reconforta os comedores.

Bolo de Maracujá 

Ingredientes
1 e 1/2 xícara de açucar
2 colheres de sopa de margarina em temperatura ambiente
3 ovos em temperatura ambiente
2 xícaras de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 colher de sopara de fermento em pó
1 e 1/2 xícara de suco de maracujá concentrado

Modo de Preparo

1. Em uma vasilha bata o açucar a a manteiga até obter uma massa esbranquiçada.

2. Acrescente os ovos, um a um, batendo sempre.

3. Passe a farinha, o sal e o fermento e acrescente à mistura alternando com fios de suco de maracujá.

4. Asse em forno pré aquecido por 30 min sem abrir.  Deixe ficar bem coradinho, retire, deixe esfriar e desenforme.

Calda
1/2 xícara de suco concentrado de maracujá
1/2 xícara de açucar

Modo de Preparo

Misture bem despeje sobre o bolo

Cobertura
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
A mesma medida de suco de maracujá concentrado

Modo de Preparo
Misture bem e cubra o bolo. Leve à geladeira por no mínimo 3 horas. Sirva gelado.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mais uma receita meio italiana

        As pessoas marcam nossas vidas de diferentes formas: idéias compartilhadas, conversas agradáveis, viagens, encontros e uma série de outras coisas. Há quem associe as pessoas com quem se relaciona com músicas, lugares e paisagens, filmes, livros e por que não, até comida...rss...rsss. Nem preciso dizer que sou uma dessas pessoas que se lembra dos amigos e do que comemos juntos, mas é claro que não me esqueço do bate-papo, das novidades compartilhadas, das piadas e risos dividos.
       Uma de minhas amigas é uma pessoa muito estudiosa, doutoranda por sinal, cuidadosa com a saúde e a com a boa forma, sempre atenta ao que come, embora não abra mão do sabor e saiba como poucos apreciar um bom prato. Em uma de minhas visitas à sua casa comi um macarrão delicioso, que ela me garantiu ser uma receita bem leve, quase light, e me provou a pertinência dos adjetivos ao mostrar que ela fazia parte de uma coletânea de receitas, simplesmente deliciosa e saborosa, elaborada por sua nutricionista. Achei o máximoooo! Primeiro pelo efeito de sabor que a mistura de ingredientes cria no prato, segundo pela praticidade e rapidez do preparo. Trata-se de uma boa pedida para jantares ou almoços de domingo, enfim é para aquelas horas em que as forças estão mirradas enfrentar a cozinha e  não se tem vontade de comer fora, mas o desejo de comer algo rápido e saboroso não para de "bater na barriga".
       A receita que se segue é uma adaptação minha (como tudo o que faço e cozinho...rsss...rsss) pois sou péssima em anotar receitas, para ser sincera nunca guardo nada, acabo incorparando o novo prato à minha maneira de cozinhar pois acho uma escravidão cozinhar com medidas exatas e consultar a toda hora a "receitinha", nada mais entediante e anticriativo, tira meu "T" de cozinhar. Mas isso sou eu, cada um tem sua maneira de se relacionar com a cozinha. O que vale é o effeito no final das contas, ou seja, gostou? Ficou saboroso? Então, manda ver do seu jeito!



Macarrão leve

Molho
100 gr de palmito fatiado
100 gr de azeitona fatiada
200 gr de presunto de peito de peru cortado em tirinhas
Alho, cebola e sal à gosto
300 ml de leite semi desnatado
1 colher de sopa de farinah de trigo
2 colheres de sopa de requeijão
óleo de soja suficiente para refogar (mais ou menos 2 colheres de sopa)


Massa
400 gr de macarrão tipo penne cozido


Modo de preparo:

1. Em uma panela coloque o óleo, o alho e o sal, e a cebola e deixe dourar levemente.

2. Acrescente o palmito, a azeitona e o peito de peru e refogue também.

3. Misture o leite com a farinha e coloque na mistura de refogados, mexendo sempre até engrossar.

4. Abaixe o fogo e coloque as duas colheres de requeijão, se gostar da especiaria, pode colocar mais. Agora é só desligar e colocar sobre o macarrão já cozido e saborear.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma deliciosa combinação: cinema e culinária (mais um filme)

          Esse é o segundo post da série  cinema e culinária. Hoje vou falar sobre outro filme que celebra a arte de preparar alimentos e o prazer da boa mesa: Sem Reservas. Esse filme é um remake da versão alemã Simplesmente Martha (2001), mas segundo alguns críticos a filmagem americana potencializou o que o filme tem de melhor.

Sem Reservas
       
Título original: No Reservations
Duração: 104 min
Gênero: Comédia romântica
Direção: Scott Hicks
Ano: 2007
País de origem: EUA     

      O filme conta a história de Kate Armstrong, uma meticulosa chef de cozinha interpretada por Catherine Zeta-Jones. Perfeccionista ao extremo, Kate  comanda sua equipe com rigor e  tanto controle que consegue intimidar a todos. Sistemática, leva os dias imersa nos trabalhos do restaurante, cultivando a solidão e o egoísmo de uma existência que não supera o eterno ir e vir entre casa e trabalho. Sua marca é a rigidez e a determinação de quem resume sua vida ao ofício escolhido.
     Tudo estava muito bem e sob controle até que sua irmã morre em um acidente e deixa a filha Zoe (Abigail Breslin)  de 9 anos aos cuidados de Kate. Sem saber como organizar a rotina com uma criança e muito menos o que lhe oferecer para comer, a chef sente sua vida ser desequilibrada. Essa sensação é  triplicada pela entrada de Nick (Aaron Eckhart), um subchef americano de formação italiana que escuta ópera e canta enquanto cozinha. Ao contrário da seriedade e rigidez de Kate, Nick age com levez e simpatia, conquistando ao todos, especialmente sua sobrinha que se alimenta pela primeira vez, após muitos dias, da macarronada que Nick preparou.
     Com sutileza e muita ousadia criativa Nick consegue conquistar Zoe e também Kate que se permite  fugir da rotina e dos padrões pré estabelecidos. O jantar na cabana de cobertores, preparado por Nick para as duas  é um convite aos devaneios infantis em meio a sabores e brincadeiras. Com a ajuda de Nick, Kate percebe que o restaurante e sua profissão são apenas uma pequena parte de sua vida e desenvolve a capacidade de se doar e compartilhar.
     É um belíssimo filme que apresenta a arte da culinária e a arte de amar como convites a olhar a vida com simplicidade, a vivê-la de forma a valorar outras coisas que não àquelas determinadas pelo lucro, enfim é conceber sucesso como sinônimo do prazer, do conviver e do amar!
     
Pizza de frango



 
Como cozinheiro de formação italiana, Nick preparava deliciosas macarronadas, pizzas, tinramisus e outros. Essa é receita simples com um toque caseiro, é claro!


Massa
Ingredientes
1 copo de requeijão de água morna
1 colher de sopa de fermento biológico (para pão)
1 colher de sopa de açucar
1 pitada de sal
1 colher de sopa de manteiga
250 gramas de farinha de trigo, ou até dar o ponto (soltar das mãos)

Modo de preparo

1. Coloque a água morna, o açucar e o fermento em um recipiente e deixe repousar sem mexer

2. Acrescente a manteiga, o sal e a farinha e amsse bem, até dar o ponto e soltar das mãos.

3. Abra a massa com  um rolo, de forma que fique fina (mais ou menos 1 a 2 cm)  e termine de esticá-la na forma de pizza, com os dedos.

4. Asse em forno pré aquecido, brevemente (por aproximadamente 15 minutos), retire do forno e reserve.

Rendimento: 4 massas de pizzas grande

Molho
Ingredientes
500 gr de peito de frango cortado em cubinhos
2 colheres de sopa de óleo
2 dentes de alho
1 cebola picadinha
1/2 colher de sopa de extrato de tomate
100 ml de água
200 ml de creme de leite
manjerona à gosto
sal

Modo de preparo

1. Em uma panela coloque o óleo, o alho socado com sal, a cebola e deixe dourar levemente. Acrescente o frango e mexa sempre até dourar bem.

2. Coloque o extrato de tomate, a água e deixe ferver bem.

3. Prove e veja se o tempero está à gosto, se desejar coloque a manjerona. Deixe ferver mais, abaixe o fogo e acrescente o creme de leite. Desligue.

Montagem

1. Coloque o molho sobre a massa de pizza pré assada, cubra com mussarela e salpique com orégano. Se desejar decore com pedaços de frango, rodelas de tomate e cebola. Asse em forno pré aquecido até o queijo derreter e saboreie!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ainda sobre o chocolate

      

          No último post falei sobre o belíssimo filme Chocolate e das delícias da vida e da gastronomia que ele celebra. O chocolate, também conhecido como "droga da paixão", além de elevar os níveis de serotonina, como disse ontem, trazendo a sensação de bem estar, tem um certo poder de unir as pessoas, pelo menos em torno do ato de comer ou preparar alimentos. Não é à toa que a receita mais acessada aqui do Culinartes é a do Bolo de chocolate para a meninada. E é verdade que o chocolate é um paixão universal (que me perdoem os que não apreciam essa iguaria), pois esse post foi lido por pessoas dos Estados Unidos, Alemanha e Canadá.
       Um dos comentários que recebi é da Marie Smicht (o comentário original está no post do Bolo de Chocolate), que disse  que ama as comidas do Brasil (ponto para nós rsss...rsss) e que preparou o bolo e ficou uma delícia. Segundo ela sua família amou! E termina agradecendo.
          Marie, eu é que agradeço. Fico muito feliz de saber que vocês passaram agradáveis momentos em família compartilhando o preparo e os sabores do bolo.  Espero que vocês tenham mais momentos assim.    Se você ainda não teve tempo de preparar uma de nossas receitas, ou já tem preparado as suas, compartilhe sua aventura culinária conosco, deixando seu comentário.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Uma deliciosa combinação: cinema e culinária

       Hoje vou falar sobre duas de minhas grandes paixões: cinema e culinária. Juntos formam uma deliciosa combinação e não falo de preparar delícias para saborear assitindo seu filme preferido  (se bem que isso é igualmente prazereso). Falo de uma combinação cada vez mais constantes em filmes - a culinária como temática central, celebrando o prazer do preparo, a arte de manipular e criar sabores, a experiência de saborear um prato e o conjunto de sensações oriundos desse processo ímpar.
      Há filmes memoráveis, desses de encantar e dar água na boca mesmo àqueles que não cultivam o hábito de cozinhar. O fato é que esses filmes tratam tão bem da culinária, do prazer da boa mesa que conseguem de fato envolver o expectador que se delicia com os segredos do preparo de um bom prato e parece quase sentir o cheiro das iguarias, a ponto de salivar só de imaginar como seria prová-las!
     No meu caso, gosto de assitír e tentar preparar um dos pratos que aparece no filme, com as devidas adaptações e meu toque caseiro de cozinheira amadora, é claro. Então, fiz um seleção de filmes que acho simplesmente maravilhosos e postarei logo abaixo a receita que preparei., totalizando cinco post's. Caso já tenha assistido o filme, deixe seu comentário e se por acaso, também preparou algum prato, coloque sua receita também. Mas se algum dos filmes for inédito para você, fica aqui o convite. Ah... não deixe de contar como foi a experiência!


Chocolate

 
Título original: Chocolat
Duração: 105 minutos (1 hora e 45 minutos)
Gênero: Comédia
Direção: Lasse Hallström
Ano: 2000
País de origem: EUA


        O filme conta a história de Vianne Rocher (até o nome lembra aquele famoso chocolate Ferrero Rocher...rss...rss) interpretada pela brilhante atriz francesa Juliette Binoche. Tudo se passa em uma inóspita e fictícia cidade do interior da França, que recebe duas forasteira, Vianne e sua filha de seis anos. Disposta a montar sua loja de chocolates Maya, Vianne aluga uma sala em frente à igreja e inicia seu comércio sob o olhar reticente e por vezes censurador dos habitantes do lugarejo que estão em pleno período de quaresma.
       Munida de coragem e força -  afinal preparar o chocolate com os grãos in natura, como mostra o filme, exige tudo isso e muito mais - Vianne se esforça para conquistar a cidade e o povo, marcados pela frieza e dureza de corações. Sua estratégia é fruto  da combinação de muita observação da condição humana e, é claro maestria na arte de preparar pratos à bse de chocolate. Todos que adentravam à sua loja eram recebidos afetuosamente, cuidadosamente sondados e, por fim, brindados com o oferecimento de  um chocolate capaz de tocá-los de maneira única, íntima e visceral. O filme relata de forma vibrante e divertida as aventuras do povo daquela cidade promovidas por Vianne e seus chocolates.
     Conhecido por despertar paixões, (é verdade que o consumo de chocolates aumenta os níveis de serotonina), Chocolate traz cenas lindas da paixão entre Vianne e Roux (Johnny Depp), um músico andarilho que desembarca na aldeia. Além de um convite a experimentar o prazer do chocolate, esse filme combina ingredientes imprescindíveis, valores de vida a serem celebrados:  humanismo, tolerância e pluralidade cultural.

Chocolate Quente




Ingredientes
1 litro de leite integral ou semi desnatado
3 colheres de cacau em pó
1/2 lata de leite condensado
1 colher de café de bicarbonato de sódio
Canela ou raspas de casca de laranja
Chantily à gosto


Modo de preparo
1. Ferva o leite com o cacau em pó e o leite condensado.

2. Retire do fogo, coloque o bicarbonato de sódio, despeje sobre as xícaras, coloque o chantily e salpique com canela ou rapas de casca de laranja.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Coxinhas Empanadas

      Há certos dias que acordo com vontade de comer coisas engordiet's. Sim, por que não? Um pequeno deslize, de vez quando, mas bem de vez em quando mesmo, confere um colorido diferente à mesa. Por isso deixo essas escapadelas para uma vez ao mês, em um almoço, ou jantar daqueles em que se deseja algo, prático, saboroso e calórico, enfim engordiet.
     Então, reconhecidamente  possuída pelo meu momento de rebeldia gastronômica, cheguei açougue e pedi 2 quilos de coxinha da asa já temperada. Guardei e na manhã seguinte, por volta das 12h, aqueci a manteiga, triturei a bolacha de água e sal (tipo cream cracker) no liquidificador e passei pelas coxinhas que forma fritadas em óleo bem quente, mas de forma lenta, para que ficassem "ao ponto", crocantes e muito suculentas. Ahhhh... hummm... nem preciso dizer que TODOS se entregaram ao devaneio, esquecendo das calorias, da gordura, do colesterol e principalmente de que era um prato engordiet...rsss...rsss.

Coxinhas Empanadas

Ingredientes
2 kilos de coxinha da asa temperada (ou se preferir tempere à seu gosto)
250 gr de bolacha de água e sal, tipo cream cracker
100 gr de manteiga
óleo para fritar

Modo de preparo

1. Aqueça a manteiga até ficar líquida e triture a bolacha.

2. Passe as coxinhas pela manteiga rapidamente, escorra por uns instantes e passe pela bolacha triturada de forma a ficarem completamente cobertas.

3. Frite em óleo aquecido, com quantidade suficiente para cobrir as coxinhas. Não mexa, apenas controle o fogo para que fiquem "ao ponto" e não queimem.

Biscoito de Queijo

        Não escondo de ninguém minha paixão pelos sabores de Minas Gerais. Especialmente pelo jeito hospitaleiro dessa gente que conserva a garrafa de café e as quitandas sobre a mesa da cozinha afim de receber os visitantes ao longo do dia. E não importa quem seja e nem a que horas chegue. E, se por acaso as quitandas acabarem (o que diga-se de passagem, é muito raro) ali mesmo, na presença do visitante, prepara-se um biscoito frito, ou um biscoito de queijo, um quebradro e assim por diante.
       E a conversa, a prosa, a contação de casos e dos últimos acontecimentos, ocorre no ritmo divertido da preparação da quitanda, que às vezes também conta com a ajuda do visitante. Esse jeito de receber na cozinha de casa é algo que revela grande intimidade. Um querer bem  para além das formalidades e aparências, que coloca em relevo o compartilhar, o estar para o outro e com o outro a qualquer hora, cultivando o verdadeiro sentido da palavra amizade.
       Nem é preciso dizer que esse tipo de convívio perdeu lugar em nosso cotidiano, marcado por uma agenda apertada onde mal cabem visitas, muito menos há espaço para conversas que durem o tempo da preparação de um prato. Mas podemos fazer pequenas adaptações. Se o amigo, ou amiga não pode esperar o biscoito ser preparado, vale abastecer o freezer com porções dele já prontinhas para serem levadas direto ao forno, já pre aquecido. Tão aquecido quanto pode estar a conversa que, seguramente, ficará mais saborosa!


Biscoito de Queijo

Ingredientes
2 copos de requeijão de leite
1 copo de óleo
1 colher de sopo de sal
3 copos de requeijão de polvilho azedo
2 colheres de manetiga
1 e 1/2 queijo
6 ovos.

Modo de Preparo

1. Em uma panela leve ao fogo o leite, o óleo e o sal. Quando levantar fervura, regue o polvilho que deve estar em um recipiente, como uma bacia por exemplo.

2. Após essa mistura esfriar acrescente os ovos, um a um, sovando bem.

3. Coloque a manteiga e o queijo e amsse bem.

4. Enrole em forma de meia lua e marque com um garfo.

5. Asse em forno pré aquecido e caso não queira assá-los no meomento, basta congelá-los já enrolados!



Bolo de Mexerica

      Sempre que possível, adoro acrescentar frutas às minhas receitas de bolos. E vale tudo: laranja, maçã, limão, abacaxi, banana, morango, frutas secas ou cristalizadas... enfim o que o paladar pedir! Uma de minhas preferidas é a receita de bolo de mexerica. Sua massa fica magnificamente leve e com um sutil toque frutado. A cozinha fica perfumada já no preparo dessa iguaria, antes mesmo de ir para o forno. E, uma vez no forno, inunda toda a casa e convidando a todos para provar seu sabor. Hum... dá água na boca só de lembrar.
     Há alguns dias cheguei do trabalho e me deu uma vontade louca de comer o tal do bolo de mexerica. Então, não hesitei em dirigir até o mercadinho próximo de minha casa e escolher um pacote das frutas que estavam  fresquinhas, com a  casca fininha e de tão maduras exibiam um laranjado intenso.
     Voltei para casa de posse das frutas e com a saborosa alegria de poder finalizar o dia com um sabor caseiro, que mistura autonomia e liberdade de gozar do tempo em família de uma forma diferente daquela que comumente impõe  anestesia frente às televisões. Sim, acredito que enquanto preparo um prato posso ter meus filhos à minha volta, compartilhando os acontecimentos do dia, dividindo suas descobertas, auxiliando no preparo do alimento e sufruindo de todas as experiências que o ato proporciona: o valor do trabalho, a possibilidade de troca e de cooperação, as diferentes texturas, odores e sabores que se combinam no alimento.  Sim, mais que nutrir o corpo e alimentá-lo, há um alimento real para a alma, para o espírito no preparo e no saborear dos alimentos.


Bolo de Mexerica

Ingredientes
3 colheres de sopa de manteiga
2 xícaras de açucar
3 ovos
3 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de sopa fermento em pó
2 xícaras de suco de mexerica (só o sumo sem adição de água)
1 pitada de sal

Modo de preparo

1. Em um recipiente, misture a manteiga e o açucar, em temperatura ambiente, até forma uma massa branca.

2. Acrescente os ovos, um a um, e bata incessantemente até formar um creme branco.

3. Passe a farinha de trigo  e o sal pela peneira e junte ao creme, alternado com o suco de mexerica.

4. Coloque o fermento em pó e mexa levemente.

5. Leve para assar em forma untada manteiga e polvilhada com farinha de trigo em forno pré aquecido. Não abra o forno por pelo 30min.


Obs. Se desejar, após desenformar o bolo, umedeça-o com uma calda, conforme a sugestão a seguir:

Calda de Mexerica

Ingredientes
1/2 xícara de suco de mexerica (sem a adição de água)
1 xícara de açucar cristal

Modo de preparo
Misture bem e regue o bolo ainda morno

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bolo de chocolate para a meninada

                Meus filhos amam chocolate. Seja o bolo de chocolate, o croisant de chocolate, ou o brigadeiro, na colher mesmo, que meu filho mais velho não cansa de pedir: "Mãe posso fazer chocolate?" Quando a resposta é positiva, ele sai todo faceiro e serelepe para cozinha, onde prepara o brigadeiro com a rapidez e destreza de um  mestre cuca, cuidando de se lambuzar todo para saboerear depois de pronto. Sabor de infância, de aventura ao pé do fogão, de saber fazer algo para comer e, sozinho... tem coisa mais plena de sentidos?
               Domingo me propus um desafio: vou saciar a vontade da meninada de comer coisas de chocolate, mas vou caprichar mesmo, para ver se eles dão um pouco de sossego! Lá fui eu toda fagueira para o fogão: fiz a massa do bolo e enquanto assava preparei o ganache para o recheio e a cobertura. Hum... nem precisa dizer que ficou delicioso e que eles matarm a vontade, pelo menos por aquele dia!



Bolo de Chocolate

Ingredientes
3 colheres de manteiga
1 e 1/2 xícara de açucar
3 ovos
2 e 1/2 de farinha de trigo
1 xícara de chocolate em pó ou acholatado
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de fermento em pó
1 e 1/2 de xícara de água





Modo de preparo

1. Em um recipiente misture o açucar e a manteiga até formar uma massa.

2. Acrescente os ovos, um a um, e bata bem até formar um creme esbranquiçado.

3. Peneire a farinha, o chocolate e o sal e misture ao creme alternando com a água.

4. Coloque o femento e mexa suavemente.

5. Asse em forno préaquecido, sem abrir por 30 minutos. Deixe dourar e faça o teste do garfo.


Ganache de Chocolate

Ingredientes
1 lata de leite condensado
3 colheres de sopa de chocolate
1 colher de café de manteiga
1 lata de creme de leite

Modo de preparo

1. Leve todos os ingredientes, exceto o creme de leite, ao fogo brando em uma panela. Mexa até ficar em ponto de brigadeiro mole.

2. Retire do fogo e deixe esfriar. Acrescente o creme de leite e misture bem.


Montagem

1. Corte o bolo em duas camadas e use metade da ganache para recheá-lo.

2. Monte o bolo e cubra com o restante da ganache. Sirva gelado.

Pão integral... outra combinação saborosa e saudável

             Sou conhecida por muitos colegas, por cuidar da alimentação. Bolachinhas integrais, barras de cereal, frutas desitradas ou in natura, iogurtes naturais e outros, são os lanchinhos que carrego comigo. Então sempre me associam com comida integral, mais natural e como pensam comumente, pouco saborosa. Depois de ouvir esses comentários, feitos em tom de brincadeira, é claro, resolvi dar uma lição em meus colegas de trabalho. Lição com muito sabor e estilo, saudável, logicamente. Preparei um pão integral em meu horário de almoço, assei e levei para o trabalho. Ao chegar, surpresa: "Nossaa! A Késia trouxe uma vazilha grande, o que será?" Ao levantarem o guardanapo que os cobria eis a exclamação: " É pão, mas integral. Também não dá pra esperar outra coisa dela, não é gente?!"
          Tudo passou até a hora de saborear os pãezinhos que enrolei redondinho, do tamanho ideal para pequenos lanches que pedem muito sabor, coisas leves, bem fofinhas e gostosas. Ninguém acreditou que os pães eram integrais, acostumados que estavam com o amargo característicos dos pães integrais comercializados na maioria dos supermercados. Uma das colegas até levou o restante para casa para saborear com o marido no café-da-manhã. E agora, ninguém mais faz careta quando falo de coisas integrais, pelo menos não para esse pãozinho!


Pão Integral

Ingredientes
3 copos de requeijão de água morna
4 colheres de sopa de aveia em flocos
3 colheres de sopa de farinha de linhaça
3 colheres de sopa de farelo de trigo
3/4 de copo de requeijão de óleo de soja
3 colheres de sopa de açucar
1 colher de sopa de sal
2 colheres de sopa de fermento biológico
farinha de trigo até dar o ponto


Modo de preparo

1. Em uma bacia coloque a água, o açucar (não mexa) e o fermento biológico. Deixe repousar por 2 minutos.

2. Acrescente o óleo, a aveia, a farinha de linhaça, o farelo de trigo e o sal. Mexa devagar

3. Coloque a farinha de trigo e misture com o auxílio de uma colher até tomar consistencia suficiente para amassar com as mãos. É importante colocar a farinha de trigo aos poucos para que o pão não perca a leveza.

4. Amasse bem, enrole em forma de bolinhas, maior como pão de forma mesmo. Deixe crecer até dobrar de volume e asse em forno préaquecido. Tome cuidado para não bater, ou agitar a forma depois do pão crescido, senão ele pode murchar.

5. Asse até dourar, retire do forno e cubra com pano úmido por 5 minutos.



Pão de queijo, pão de minas... Pão de minas mundo

         O pão de queijo desperta muitas paixões. Conheço pelo menos uma dezena de histórias, recheadas de afetividade e sabor, envolvendo o tal do pão de queijo! Hoje quero contar algumas que julgo que valem à pena pela beleza que carregam consigo!
        Estava eu em um congresso acadêmico, desses que as pessoas medem as palavras e agem sistematicamente conforme os códigos do campo científico: rigor, profundidade, embasamento teórico e coisa e tal. Quando das apresentações um dos convidados se identificou como mineiro, e quebrou a rigidez da formalidade se descrevendo apaixonado por Minas Gerais, tão apaixonado por essa terra e suas coisas que era possível que em seus emails saísse "cheirinho de pão de queijo"! Não houve na platéia quem não assentisse com cabeça, confessando que também gostava de pão de queijo!
       Outro dia levei para assar no trabalho alguns pães de queijo que havia preparado e congelado.  Depois de assado, sentei na cozinha com minha amiga para saborearmos e   a frase que ela encontrou para agradecer foi simplesmente "Deus é tão bom comigo!". E nos embalamos no universo dos sabores e suas lembranças, a ponto de minha querida amiga derramar algumas lágrimas. Lágrimas que falavam de sabores guardados na memória, de tempos de meninice que longe vão e ainda habitam de forma singela em nossos sentidos.
       Foi ela mesma, minha amiga querida, que depois da emoção me relatou essa passagem que prova que o pão de queijo não tem fronteiras. Me disse que sua irmã, brasileira que mora há tempos na Alemanha, ama pão de queijo. Acontece que lá não é possível encontrar um de seus principais ingredientes: polvilho. Ela até tentou levar o polvilho, mas imagine a confusão para embarcar com aquele pó branco...rss...rss. Contudo os amantes do pão de queijo não desitem jamais e sua irmã encontrou como alternativa misturas pré-prontas para pão de queijo que ela leva e guarda a sete chaves para momentos de muita vontade e muita saudade de sentir o gosto do pão de queijo de minas, alías pão de minas mundo!

Pão de Queijo

Ingredientes
2 copos de requeijão de leite
1 copo de requeijão de água
1 copo de requeijão óleo de soja
4 copos de requeijão polvilho azedo
1 e 1/2 de sal
2 copos de requeijão de queijo minas ralado
8 ovos

Modo de preparo

1. Em uma panela junte o leite, a água, o sal e o óleo e leve para ferver.

2. Despeje essa mistura sobre o polvilho e deixe esfriar.

3. Acrescente os ovos um a um e amasse bem.

4. Coloque o queijo e amasse um pouco mais.

5. Unte a mão com óleo e faça bolinhas, colocando-as afastadas, para crescerem, sobre forma untada .

6. Asse em formo préaquecido até dourar

Obs.: Essa receita rende muito, portanto se não tiver um batalhão para comer, faça as bolinhas, leve na forma  para o frezer até congelar e depois guarde em sacos plásticos. Quando a vontade bater é só levá-los congelados mesmo para assar em forno préaquecido.