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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A comida como matéria prima da arte

Olá gente!


     Faz tempo, né? Então... tanta coisa aconteceu que não  daria para explicar tudo. Bem,  mas há um livro que resume a condição que vivi nos últimos cinco anos "A Sombra do Meio Dia" de autoria do diplomata Sérgio Danese. Ainda não consigo falar muito sobre o assunto, mas ler a resenha desse livro em uma revista Veja, muuuito antiga,  perdida na casa de minha mãe e encontrada por ela, casualmente, foi providencial. Ele sintetiza uma série de conflitos éticos e estéticos que me assolaram profundamente, e dos quais inexplicavelmente não conseguia me libertar. 

     Mas Deus encontrou uma forma de falar comigo. E mais, uma forma que eu fosse capaz de entender, e pelas mãos de alguém (mamãe, é lógico) que fosse capaz de fazer aquela resenha chegar às minhas mãos já prenhe de significados. Minha mãe chegou com a revista, amarelada e carcomida pelo tempo (kkkkk), e já com a página em questão aberta me disse: "Li e me lembrei tanto de você!" Bastou isso para que eu a devorasse e tomasse minha decisão, pedindo a Deus que encaminhasse as coisas facilitando meus caminhos. E foi o que Ele, maravilhosamente fez! Sim, isso já faz um tempinho, mas precisei de uns momentos (na verdade muitos meses) para elaborar, deglutir esse longo período de minha vida a ponto de conseguir falar sobre ele. Foi por isso que sumi.

       E agora José, o que será? Será nada... já está sendo! Voltei a estudar, a cuidar de mim, a ter voz e vontade e por nada desse mundo quero voltar à minha condição de sombra! Quero ser feliz e fazer o que me deixa feliz! E é claro que cozinhar e apreciar a arte está no elenco do meu "quefazer". Você já deve estar se perguntando, mas e a arte como matéria prima? Quando é que você vai finalmente chegar no assunto? Já cheguei, e cheguei chegando, como diria uma amiga. Sim, a comida do espírito, no caso a literatura, foi a matéria prima  de uma obra criadora de ressignificação de minha própria existência, da arte - como criação do inusitado - que se concretiza a todo o momento em nosso cotidiano.

       Mas, chegando mais ao cerne da questão, ou melhor do título deste post, há um artista que gosto muito, está muito em voga e usa a comida como elemento de suas obras de forma surpreendente. É Vik Muniz. Ele usa ingredientes de culinária, e outras tantas coisas, como matéria prima para suas obras. Desde açuçar, molho de tomate, a chocolate tudo pode ser usado por Vic em suas criações que tematizam dilemas e necessidades de nossa sociedade. Apreciem e bom apetite!