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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dia das crianças: que tal variar?

     Não é de hoje que o Dia das Crianças é comemorado pela maioria das famílias com a compra de brinquedos que invariavelmente tem como destino o amontoado de objetos que insiste em se alojar no quarto do pequenos. Depois que passa o "primeiro amor" - aquele entusiasmo passageiro que vai dos insistentes apelos de compra às brincadeiras das primeiras semanas - os brinquedos perdem o atrativo e são deixados de lado sem o menor pudor. A criançada não está nem aí se o brinquedinho novo custou um pequena fortuna  vai ser pago em "suadas" prestações no cartão de crédito da mamãe. Portanto, penso com muita racionalidade (pelo menos me esforço) quando vejo os olhinhos de minha caçula brilhando e implorando por "aquele" último lançamento da boneca tal, que vem com roupinhas que podem ser pintadas, ou a outra que tem uma casa, ou a carruagem, ou a que vem com o petshop.
      Que atire a primeira pedra a mãe que nunca teve que fazer "um limpa" no quarto de seu pequeno e se ver obrigada a arrumar outro destino para as milhares de pecinhas, acessórios, bonecas parecidas (esses dias doei 8 bonecas modelo bebê parecidíssimas) e outros brinquedos. Então, minha gente, tá na hora de repensar nossos impulsos consumistas maternos e presentear a garotada de outro jeito! E não venha me dizer que sua filha vai ficar inconsolável quando vir a melhor amiga com brinquedos novos. Venhamos e convenhamos, é possível negociar.
       Ou freiamos esses "consumistazinhos" agora, gradativamente, ou sofreremos as funestas consequências de suas escolhas. Não, minha gente, não sou contra presentes, mas é só pegar leve. Eis uma dica que aprendi com uma amiga: sempre que ela vai comprar algo se pergunta "Preciso disso?" "Vou realmente usar isso?" Sei que no assunto brinquedos quem deve responder a essas questões é a própria criança, mas pela experiencia que tenho  e considerando que os menores são impulsivos mesmo e cedem mais facilmente aos paleos da mídia, sei que depois de pintado algumas vezes aquele vestidinho será esquecido em algum canto de uma das caixas de brinquedo.
         Mas e então, dar ou não dar presentes? É a pergunta que não quer calar...rss...rss A escolha, é claro, é de cada família. Só não podemos esquecer que educamos e ensinamos valores em cada ação, gesto, comentário e até com aquilo que é silenciado. Se quizermos formar homens e mulheres conscientes das questões ambientais e cientes de que a felicidade não está somente naquilo que pode ser comprado, temos que rever nossos valores.
        A minha sugestão para esse Dia das Crianças é presentear com moderação e fazer uma progração diferente com a criançada: um momento mestre cuca! Sim, com direito a avental, chapéu e convidar os amiguinhos. Funciona assim, depois das brincadeiras, quando aquela fome bater, chame a criançada para uma "brincadeira diferente": preparar o próprio lanche. No cardápio: pipoca de microondas que pode ser incrementada com calda de chocolate, ou mesmo uma generosa porção de chocolate; creme de morango ou outra fruta (em forma de polpa) que a meninada preferir, brigadeiros e outros docinhos que você pode fazer a massa e eles mesmos podem enrolar, sanduíches, gelatina e  sorvete que os pequenos podem servir e  em taças e decorar. Tire foto de tudo, garanto que será inesquecível, como as coisas boas da infância! Faça e depois me conte!

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